Reconheço-te pelas palavras. Reconheço-te mais pelo que dizes, escreves, e conheço-te até mais do que quando vejo. Teu corpo esconde o ser que reside em tua mente. Corpo em mente: um dísparo em forma de humano, é você. Tua marca impressa na tua palavra, seja escrita ou falada, na voz sibilante que circunda teus atos opostam teus atos.
Mas acima de tudo tuas palavras secretam e revelam tua face real. A monarquia se faz presente em pleno uso da palavra que tenta esconder-se entre os plebeus incultos e carentes de si. Tua palavra te entrega. Essa tua face torna-se limpida, cristalina nesses teus olhos profundos e se torna livre das máscaras convencionalistas, dessa, que é tua sociedade tão hipócrita.
Se te escondes nas vestes, se te escondes na música que cantas e ouves, na vida que leva, tua palavra te desmente e te quebra o sigilo dessa tua mente brilhante.
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