segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Forasteiro - Repostando como indicação


Estou sozinho. Foi a verdade que achei.
Depois de viajar por tantos lugares e conhecer tantas pessoas percebo que sou o último de mim mesmo.
Não existe um lugar que eu possa chamar de lar, nada, nem ninguém capaz de me encontrar.
Eu não sei quem eu sou. Talvez nunca vá saber.
Já não tenho família, nem pessoas que possam dividir comigo segredos tão assombrosos.
Tudo me perde o sentido.
Já não sei o que faço, nem o porque de estar fazendo.
Eu posso te curar, mas adoeço cada dia mais.
Sempre gostei de acreditar que minha grande missão era descobrir de onde vim, porque somente assim poderia saber quem hoje eu sou. Nada encontrei.
Minhas atitudes e talentos não foram presentinhos dado pela divindade, mas porque eu os possuo?
Já não sei em que usa-los, é responsabilidade demais.
Neste mundo podre, me entedio facilmente, nada aqui é novidade.
As coisas nascem e morrem com tamanha velocidade que acabam nunca conseguindo de fato atrair minha atenção.
Agonia é o que me resta.
Sabendo que o tempo esta passando e ainda não achei meu caminho.
Talvez eu tenha medo. Medo de descobrir minha verdadeira origem.
Medo de que possa ser bem pior do que pensei. Medo do que está por vir.
Me dizem que pra que exista um herói é necessário que aja um vilão, e o que temo de verdade é pensar que no meu caso o vilão pode residir dentro do próprio herói.
 Marcos Clark.

 Pela primeira vez vejo que há mais de mim onde eu pensei nunca encontrar.
me sinto como uma espécie de Clarck Kent sem os superpoderes: abandonado num mundo onde conheço um pouco de tudo, mas nunca tenho um lar pra chamar de meu, um abrigo onde eu possa me sentir só, mas mais protegido que em qualquer abraço.
 "um estranho no ninho, "a ovelha negra da familia", nao faço parte da linha de raciocinio da familia;
nao consigo me enquadrar nesse tempo, embora conviva com tudo e saiba usar todas as formas de acesso a meu favor.
Sinto falta de um lar que posso chamar de perfeito,
de pessoas que nunca vi, mas sinto-me mais delas, que de quaisquer outras,
de uma tarde de verão numa paisagem que não é aquela que vejo ao abrir a janela...
me chamo de forasteiro, por força das circunstancias: bem recebido por alguns, rejeitado por outros, um corpo estanho num microcosmo completo.
Extemporaneo, Neutro, Acido, Basico, Contemporaneo, temporal...




o link do blog do Marcos, está bem aí à sua esquerda, é o Juventude Envelhecida.

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