sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Línguas

Tocou a campainha e fui atender. Quem era aquela hora?
Ja veio me chamando de "cherry", e logo depois veio com aquele "mon amour" em meio a um perfume que não me deixava pensar direito. Logo vi, nós dois meio que apressados, suando frio e eu te ouvindo sussurrar um "Je T'aime" no meu ouvido, enquanto procurava pela minha orelha com teus dentes que famintos, mas nao desejavam rasgar-me a carne. e isso me arrepiava.
Tomado por uma fúria, e ainda sim com a elegância de um toureiro, tirei tuas vestes com calma, apreciando. As  minhas vestes tirei no melhor estilo "a pantera cor de rosa". Ouvi-te dizer um "Hay, caramba!" quando estava chegando ao fim da minha esquete. Arrisquei um "te gustas lo que ves?" e obtive compreensão na minha tentativa furtiva de entrelaçar um "portunhol" naquela brincadeira linguístca que estava a cada vez mais quente. A resposta foi "Si, Mucho, pero quiero ter te" e me joguei pra cima do teu corpo, com risos e feliz como uma criança que recupera a parte mais preciosa da sua coleção.
Em meio aos suspiros e gemidos, senti uma pontada de orgulho e um sorriso torto escapou, enquanto dizias "Oh my god!"
Por fim, o alívio era tão grande, que não precisava de legendas ou traduções, o sorriso estampado em teu rostoera a melhor frase.
E então, levantei-me, ainda de costas, sorriso torto, uma piscadela. Deixei o lençol escapar e caminhei até o banheiro; liguei o chuveiro. Aquele convite era inteligivel em qualquer idioma...



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