Amor em preto e branco

Ah, minha menina!

Depois de hoje eu poderei te chamar de completamente minha. 

Tens vergonha de mostrar-te para mim, por isso prefere as luzes apagadas. Mas não necessito de luz para conhecer teu corpo; faço questão de passear em preto e branco por todas as tuas curvas e conhecer cada centímetro dessa pele que tem cheiro de jasmim. 

De luzes apagadas, então, te revelas uma amante nata! Arranha-mas as costas com tuas unhas delicadamente pintadas. Me parece que teus instintos se revelam na ausência de claridade. É só assim que tu me faz teu por inteiro e eu posso desfrutar do teu corpo sem medo de te envergonhar, ou machucar.

Ao invés de enrubescer sob meus elogios feitos ao teu corpo, parece que desperto em ti uma leoa sedenta do meu ser. Extrai de mim cada gota do meu amor por ti.

Cansaço: essa é a palavra que te desconheces. Incansavel e insaciavel, isso sim!

Procuras minha boca no escuro enquanto ataca meus cabelos com tuas mãos. O vai e vem do teu corpo faz roçar teus seios no meu peito, enquanto embrenho-me no infinito dos teus cabelos. 

Os sussurros sibilados silenciam ao fim do processo de amar. O calor do amor se cala no extase do nosso prazer. Não há o que nos pare, e de novo recomeçamos o jogo de corpos a dançar pela nossa cama. Mas dessa vez, será feito diferente: a psicina e a luz da Lua banharão nossa ansia de amar uma vez mais.

Essa noite, vamos perder o controle!