Realmente foi ele quem salvou minha noite!
Eu estava comendo, e ouvindo uma criança esperneando querendo brincar e como a mesa em que ele estava era a que estava atrás de mim, eu ja estava a ponto de pedir pra mudar de lugar. O mau humor foi me dominando à medida que as coisas ficaram piores [ler post anterior à esse].
Quando dei um tempo no prato, resolvi olhar para trás, para ver que criança era aquela que não se aquietava e estava acabando com o jantar dos pais. Olhei com AQUELA cara de "estou bravo, cala-te". Não funcionou! Quando eu olhei pra ele, ele meu deu UM SORRISO, que meu rosto se modificou num instante. Era nascida nossa amizade de 20 minutos.
Comecei a brincar com ele da minha mesa, e o pai dele permitiu que eu brincasse. Ele começou a se debater querendo ir para o chao, andar, até que eu convenci a mãe
Fim das contas: fiz minha noite mais feliz, tendo um experiencia proxima do que é ser pai [isso nem se compara com a parternindade], fiz feliz a noite de um casal que pode jantar tranquilamente e ainda vendo seu filho brincando sem ter que ficar cuidando dele...
Foi quando cheguei em casa, ainda e com o desejo que meu futuro filho fosse lindo como ele e engraçadinho como ele, que sentei no computador, na ansia da internet funcionar e consegui ler o texto CARBONO 14, do Marcos Clarck, e isso simplesmente me consternou!
Seria eu egoísta ao ponto de querer um filho, para ser de mim, só uma cópia ou uma continuação?
Eu seria capaz de imputar a ele, a sina de ter de prosseguir com os sonhos do pai?
E se ele fosse mais um desses tantos que matam os pais?
medo toma conta e sufoca o sonho!
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