quinta-feira, 8 de julho de 2010

Crônica sem narrador



O sol estava nascendo.
Procurava o caminho de volta pra casa na vista embaraçada. A rua fechada de neblina não facilitava.
Já terminava o terceiro mês desde que ela se foi. A dor ainda era algo pertinente.
No traçado dançante dos paralelepípedos das ruas e um vulto vem se destacando na névoa densa; "Não, não é ela. Ela está morta, conforme-se!". Era só uma moça vagando pela rua. 
Nem a alucinação trazida pela bebida reaviva mais sua imagem.
Constatação feita:
- Estou indo te encontrar meu amor.
.ainda havia uma possibilidade...
.
.
.
e tudo o que se ouviu depois foi o mar batendo nas rochas.


Um comentário:

  1. Amor misturado com muita saudade, deixa de ficar só no coração.
    Ele vai pra mente e se transforma em loucura.

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